segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O uso das T.I.C. na Educação Especial

É indiscutível que a sociedade actual é, por excelência, uma sociedade da informação e das tecnologias. Estas estão presentes nos vários domínios da nossa vida e são cada vez mais usadas na educação. Neste momento são o recurso educativo que mais contribui para a integração plena de todos os alunos, sejam ou não considerados com necessidades educativas especiais. As T.I.C. podem ser uma ferramenta que pode contribuir para dar à pessoa com necessidades educativas especiais o usufruto de instrumentos que ela não tem e de que necessita, para a sua integração escolar e social, contribuindo para não tornar mais óbvio o que elas não têm. Neste artigo debruçar-nos-emos sobre as tecnologias de apoio para a comunicação, conjuntos de equipamentos e dispositivos, fundamentais para auxiliar o seu utilizador a expressar-se. O recurso à tecnologia de apoio para a comunicação é extremamente importante para as pessoas que apresentam certos tipos de deficiências motoras, podendo também ser utilizadas por pessoas com dificuldades de fala, autismo, distúrbios de linguagem e deficiência mental. Estas tecnologias são variadas e adaptáveis aos indivíduos, contextos e ambientes.
As tecnologias de apoio tradicionais consistem, normalmente, em tabelas ou tabuleiros com letras, palavras, signo gráficos ou fotografias. Já as tecnologias de apoio para a comunicação mais recentes baseiam-se em dispositivos que utilizam a tecnologia dos computadores. Por exemplo: um computador com um programa de signos gráficos pode proporcionar a uma pessoa escrever uma carta, quando nunca o conseguiria por si próprio. Para além de servir de apoio para a comunicação, os computadores podem ser programados para funcionar com tecnologia de controlo ambiental ou com fins educacionais e lúdicos. O jogo “assistido”, cria oportunidades para realizar actividades independentes e proporciona tanto à criança como ao adulto um motivo de interesse comum para tema conversa, para além de ajudar a treinar competências. A própria fala, quer seja sintetizada ou digitalizada, pode ser gerada ou gravada por computador.
No entanto, dado que a comunicação não implica só interacção face a face, há que pensar na comunicação à distância, que desempenha um papel cada vez mais importante na nossa sociedade, criando-se constantemente novos serviços. Tecnologias tais como telemóveis, videotelefones, correio electrónico e internet, devidamente adaptadas, poderão ajudar pessoas com vários tipos de deficiência permitindo-lhes comunicar à distância, aumentando assim a sua rede de relações sociais.
É evidente que não existe nenhum equipamento cuja utilização se compadeça com todo o tipo de situações, devendo ser adaptados aos diferentes contextos. Cabe ao professor de Educação Especial fazer esta gestão, com base nas informações resultantes de uma avaliação clínica e funcional dos alunos.

José Amorim
Prof.Eliana Nunes